Resenha do livro: gerência do pensamento – gestão contemporânea e consciência neoliberal.
• Introdução
Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise crítica dos capítulos 3, 4 e 5 do livro A Gerencia do Pensamento – Gestão Contemporânea e Consciência Neoliberal, de autoria de Carlos Gurgel.
• Resumo Geral
O autor da obra defende, nos capítulos estudados, que por trás das Teorias das Organizações existe não apenas uma objetividade técnica e um caráter ideológico com função limitada de adornar o ambiente de trabalho, como até então acreditava-se. Na visão de Gurgel, além disto, a Teoria das Organizações caracterizaram-se por servirem de veiculo da construção ideológica geral, a cada forma do desenvolvimento capitalista.
Inicialmente, para defender seu ponto de vista, o autor mostra como a Teoria das Organizações (T.O.) extrapola os limites das fabricas tanto nos tempos em que reinavam a Administração Cientifica, que tinha como grandes expoentes Ford e Fayol, quanto nos tempos em que o pensamento dominante dentro da doutrina capitalista era o Pensamento Humanista, representado por Barnard.
Exemplificando como a Administração Cientifica foi muito mais que uma T.O., o autor cita uma própria frase de Taylor, que ao ser indagado se tinha dito que a organização cientifica era em grande medida uma filosofia, respondeu “a organização cientifica não pode existir se não existe ao mesmo tempo uma certa filosofia” .
Além desta citação, Gurgel destaca diversas partes da obra mais famosa de Taylor, Princípios da Administração Cientifica. Para Gurgel, embora está obra tenha questões técnicas como pano de fundo, seu conteúdo ideológico é imensamente mais gritante, visto que no seu texto Taylor não se cansa de defender valores típicos do capitalismo de sua época, tais como individualismo, a ambição saudável e a viabilidade do sucesso para todos na ordem capitalista.
Já quanto a abrangência do Pensamento Humanista, Gurgel diz que “O pensamento humanista