Resenha: nada na língua é por acaso
Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Pato BrancoCoordenação do Curso de Licenciatura em Letras Português-Ingles Sociolinguística Siderlene Muniz Oliveira | |
Resenha: Nada na Língua é Por Acaso
sabrina Felipetto
O livro de Marcos Bagno aborda as diversas mudanças da educação e suas consequências em relação a variedade linguística. De inicio é apresentado os PCNs, e explicado a diferença que este documento fez na educação brasileira. Traz o conceito de sociolinguística, criada nos Estados Unidos em 1960 por cientistas da época, onde decidiram que “não era possível estudar a língua sem levar em conta também a sociedade em que ela é falada”. Explica sobre a expressão variedades dialetais, qual é o seu fundamento na sociolinguística. Apresenta duas grandes dificuldades em que a nova concepção de ensino precisa vencer. O autor aborda a insatisfação sobre a variação linguística, e mostra a heterogeneidade da língua. Conta o autor, que até 1960 as escolas eram poucas, quem as frequentavam eram pessoas de classe média e alta. A partir daí começou a “democratização” do ensino brasileiro. Aumento de habitantes nas cidades e o aumento de alunos nas salas de aula, assim houve um desmoronamento no ensino, pois com muitos alunos e poucos professores qualificados, isso acarretou sérias consequências. O autor abre aspas para comentar esse episódio e confirma com isso, que antigamente o ensino era melhor, já que eram poucos e selecionados os frequentadores de escolas. O ensino perdeu seu valor, professores não estavam sendo valorizados, salario baixo, materiais fracos, ambientes das escolas não eram dos melhores. Assim o autor critica a chamada “democratização”. Bagno, explica o porquê do tema do livro com o contexto histórico retratado, onde isso se encaixa, argumenta que antes da “democratização”, quem frequentava as escolas eram filhos de pessoas falantes da variedade linguística