Resenha Mito da Caverna - Platao
O livro A República de Platão começa com a discussão acerca do que seria justo, de como distinguir o bem do mal e sobre o ideal de justiça que para Platão era fazer o bem. A única maneira para que o cidadão saísse da escuridão e da ignorância só se daria através da educação.
Através da alegoria da caverna, ele busca nos mostrar a razão da dificuldade do cidadão comum, que está preso ao mundo sensível de chegar ao ideal de justiça. Sua proposta é estabilizar, dar identidade, unidade e universalidade para as formas.
Quando nos livrarmos das correntes da nossa ignorância e comodismo vemos primeiramente os objetos e a fogueira que antes nunca tínhamos vislumbrado, este é o começo para uma atitude crítica e um reconhecimento de nossa ignorância, mas ainda estamos no mundo das opiniões e não conseguimos ver claramente, ainda enxergamos de forma imprecisa.
Esta passagem do interior da caverna por nós, prisioneiros do mundo sensível para o mundo exterior e racional é perturbadora e dolorosa, pois estamos acostumados com o conforto e a segurança de nossas cavernas onde estamos convencidos ser nossa própria realidade.
Galgando degraus mais altos no caminho para o conhecimento racional chegamos à parte externa da caverna, o mundo das idéias, onde surgirá o espanto ao se vislumbrar algo novo e belo, que possui maior sentido e onde a luz do sol apresenta uma realidade mais inteligível que a luz da fogueira que nos mostrava uma realidade que era apenas sensível.
Tendo atingido este nível de racionalidade, o filósofo talvez não queira voltar para o interior da caverna, mas é extremamente importante que ele volte para tentar libertar os outros das trevas da ignorância, contribuindo para uma sociedade mais justa, com uma visão mais ampla do nosso papel perante o mundo. Não será uma tarefa fácil, pois a maioria das pessoas está tão enraizada e confortável no fundo de sua caverna, que vai