Resenha maria abadia, o campo da história
Maria Abadia Cardoso* Universidade Federal de Uberlândia – UFU ma_cardoso_h@hotmail.com O cotidiano dos historiadores é marcado pela necessidade de “reinstituir” o passado. Com efeito, como não vivenciou o processo histórico estudado, sua tarefa é procurar os fragmentos e, por meio destes, construir afirmações possíveis. Ao escolher determinado objeto de pesquisa, conseqüentemente, há que se considerar que o método – a forma pela qual se movimenta em meio à documentação – não está separado da escrita – resultado do trabalho. E isso interfere na determinação do que seja a História, pois, felizmente, não se faz um trabalho dividido em duas partes: na primeira, são descritas as referências teórico-metodológicas; na segunda, o “restante” da pesquisa composto pelo conteúdo. Por essa razão, as questões relativas à natureza da História não devem ser pensadas somente no resultado final do trabalho, mas sim de forma múltipla, isto é, no olhar em conjunto lançado para os objetos, métodos e documentação. Perpassando de maneira reflexiva por estas e outras análises o trabalho de José D’ Assunção Barros intitulado O Campo da História: Especialidades e Abordagens faz um balanço sobre a historiografia recuperando as suas sub especialidades por meio de: dimensões (enfoques); abordagens (modos de fazer a História) e domínios (áreas de concentração e objetos possíveis). Esse exercício é feito com uma riqueza de problematizações e com uma extensa bibliografia, demonstrando as diversas possibilidades do conhecimento histórico no que tange à sua Teoria e Metodologia.
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Mestranda em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia, bolsista CNPq e integrante do Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura (NEHAC).
Fênix – Revista de História e Estudos Culturais Julho/ Agosto/ Setembro de 2005 Vol. 2 Ano II nº 3 ISSN: 1807-6971 Disponível em: www.revistafenix.pro.br
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Inicialmente, o autor afirma