Resenha:manifesto comunista
A introdução discorre sobre o medo que o comunismo causa nas classes dominantes de então, representados pela burguesia emergente, igreja e governantes. O medo que o comunismo causa acaba por unir todos os poderosos em uma aliança, satanizando o adversário que causa a desordem, instigando desobediência naqueles que são explorados pelo stato quo. O lado positivo é o reconhecimento do comunismo como uma nova força política emergente, trazendo a necessidade de explicar ao mundo seus objetivos e brecar a deturpação daqueles que a criticam.
"Burgueses e Proletários", primeira parte, resume a história da humanidade desde de tempos antigos até os dias de então, descrevendo as duas classes sociais que dominaram o cenário.
A contribuição deste capítulo é a descrição das enormes transformações que a burguesia industrial provocou no mundo, representando "na história um papel essencialmente revolucionário".
Com sincera admiração, Marx e Engels relatam o fenômeno da “mundialização” que a burguesia implementava, espalhando o comércio, a navegação, os meios de comunicação. “A burguesia suprime cada vez mais a dispersão dos meios de produção, da propriedade e da população. Aglomerou as populações, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos. A conseqüência necessária dessas transformações foi a centralização política. Províncias independentes, apenas ligadas por débeis laços federativos, possuindo interesses, leis, governos e tarifas aduaneiras diferentes, foram reunidas em uma só nação, com um só governo, uma só lei, um só interesse nacional de classe, uma só barreira alfandegária."
O Manifesto anteviu o que ocorre no mundo atual como o desenvolvimento capitalista liberou forças produtivas nunca vistas, "mais colossais e variadas que todas as gerações passadas em seu conjunto". O poder do capital que submete o trabalho é anunciado e nos faz pensar no mundo globalizado em que vivemos.
A revolução tecnológica e