resenha livro nove noites
O livro narra a investigação feita por Bernardo de Carvalho sobre o antropólogo Buell Quentin e os motivos que o levaram esse etnógrafo discípulo brilhante de Franz Boas que investigava os índios Krahô nos cantos remotos do Brasil cometer , suicido. Essas investigações levam Bernardo de Carvalho a descobertas sobre si mesmo.Na viagem de Buell vemos suas angustias esperanças e medos o que leva a uma reflexão do papel do antropólogo diante de uma cultura, um povo ou uma nação que é diferente de suas crenças, gostos e modos, mas ao mesmo tempo pode se observar o sentimento de ter de se isolar de si mesmo para ter uma analise mais ampla do objeto que observa. O interessante é que a jornada de Buell nos mostra que não há nem uma observação do objeto que esteja isenta de seu observador, não é possível fugir de totalmente de si próprio e nem da realidade que o cerca e esse é o drama de um dos protagonistas do livroQuanto a Bernardo de carvalho sua jornada o leva a encontrar parte de si mesmo através de Buell, mas também nos mostrar que nesse encontro os choques culturais são iminentes no desenvolvimento da humanidade, que parâmetros que criamos para analise são muito relativos, o que é medo, respeito e amor podem ter noções diferentes em cada cultura o que torna esse choque cultural mais complexo e intensoO narrador fictício do livro nos apresenta profundamente a alma de quem vive profundamente o dilema do Observador e do objeto que é estudado de quanto é difícil se isentar de si próprio como cientista social, antropólogo ou etnógrafo sendo que os sentimentos , a influencia do meio e que se desenvolveu são perenes.A leitura da obra reforça em mim como um estudante de Ciências Sociais o que aprendi em uma das aulas de antropologia, que cada cultura é uma pequena representação de um grande realidade cada parte do individuo é uma representação de toda humanidade.
A obsessão de pesquisar sobre um antropólogo perdido no vale do Xingu; uma