Resenha livro lazer e educação
No primeiro capítulo do livro lazer e educação, de Nelson Carvalho Marcellino, podemos notar a dificuldade de encontrar um consenso sobre conceito de lazer. Neste capítulo, temos a opinião de vários especialista, como a da educadora Ethel Bauzer, do sociólogo Renato Requixa, da orientadora Maria Junqueira Schmidt e de Lenea Gaelzer.
Observamos que o lazer pode ser entendido sobre vários pontos de vista, o que dificulta possuir um único conceito sobre ele. Na verdade, o lazer tem um verdadeiro valor dependendo de como é visto e utilizado, tanto entre os especialistas como entre o público comum. Um dos pontos de vista é a prática de atividades artísticas e física, outro ponto é do descanso das obrigações sociais. A sociedade vê o lazer apenas como uma recreação, atividades ou repouso ao ar livre.
O lazer também tem seu caráter histórico. No século 19, Paul Lafargue defendeu o lazer ao trabalhador, pois o tempo livre era voltado exclusivamente para descanso devido o cansaço do trabalho. Porém, o tempo de lazer era manipulado pela empresa e tinha o objetivo de manter uma ordem social para melhor produção no trabalho no dia seguinte. Hoje em dia as próprias empresas oferecem um clube para que seus funcionários possam utilizá-lo gratuitamente, mantendo assim um controle sobre o lazer também. Esta é o que o autor considera visão moralista.
Alguns autores já defendem o elogio do lazer, porém não pode ser entendido num contexto separado do trabalho, pois a insatisfação em um significa a insatisfação no outro também.
O autor diferencia o tempo livre do tempo disponível. O tempo livre é o momento em que se pode ter uma livre escolha de atividade a ser realizada, sem coações sociais. O tempo disponível seria o tempo fora do trabalho ou das atividades diversas, mas com um caráter de obrigação. O importante é que o único objetivo da realização da prática do lazer, no seu tempo livre ou no disponível, é a