Resenha livro desmundo
No século 16, por solicitação do Padre Manoel da Nóbrega, o rei de Portugal enviava órfãs brancas para casarem com os colonizadores, brancos e cristãos, no intuito de minimizar o nascimento dos filhos com as índias, dimir a miscigenação e mantendo a supremacia da raça e perpetuar o modelo patriarcal em uso no Brasil. Nessa época, exploradores portugueses tinham a missão de explorar a recente descoberta, dominar o povo gentio e estabelecer produção.
Algumas das órfãs viviam em conventos e muitas delas desejavam ser religiosas. O filme é sobre uma delas, chamada Oribela, que é obrigada a casar com o nobre e grosseiro Francisco de Albuquerque, e a viver em seu engenho de açúcar. Com ele mantem uma relação extremamente perturbarda, a qual se torna ainda pior pela presença de um outro homem, um cristão-novo português chamado Ximeno Dias, negociante que também aprisionava índios. Vale lembrar que, nessa época, a América colonial portuguesa recebeu uma grande quantidade de cristãos-novos e também ressaltar a total situação de submissão da submissa ao homem, onde serviam exclusivamente era como objeto sexual e pra procriação. Quando Francisco percebe o interesse mútuo entre Ximeno e Oribela, esquece o pedido dela para ter paciência até que consumassem o casamento, castiga-a cruelmente, violentando-a fisicamente e sexualmente, consumando a relação com um estupro, só que, na época, isso era permitido na época, pois a mulher era considerada propriedade, primeiro do pai e depois do marido.
Depois desse acontecimento ocorre a primeira tentativa de fuga de Oribela, que foge pelo mato, procurando uma forma de retornar a Portugal. Ela chega até o mar, mas encontra também homens que estão