Resenha linguística : seu objeto
No texto: Linguística, seu objeto, Câmara Jr. Características que nos diferem dos seres da natureza no aspecto linguístico (comunicativo) nos afirmando que para haver linguagem é preciso atividade mental, ter a intenção de se manifestar, e tal característica ajuda-nos a distinguir-nos dos brutos.
Georg Von Der Gabelentz definiu três características da linguagem humana, sendo o propósito claro e definido como ponto de partida das nossas manifestações linguísticas, significação permanente idêntica a si mesma, possível de repetir-se coma sua individualidade nítida em circunstâncias idênticas, divisibilidade consequente na expressão vocal. Embora os brutos produzam sons e gestos que podem atribuir propósito um tano quanto preciso não se pode dizer, porém, que estão baseadas na razão e articulação. A razão está na impossibilidade de se elevarem a um trabalho mental de “construção representativa” diante do mundo exterior e interior, agem num simples jogo de ação e reação, sem representação mental que compreensiva.
A articulação como linha divisória entre a linguagem dos homens e a dos brutos é que nos separa mesmo dos brutos já que o processo de dividir em membros mínimos uma enunciação vocal e a representação mental que nela se
Consubstancia e exterioriza. A articulação é decorrente da divisibilidade, a enunciação vocal é articulada, porque se presta a uma divisão sistemática, por meio da qual chegamos a elementos sônicos (fonemas) significativos.
A linguagem representativa é exclusivamente humana, ou seja, os fenômenos que impressionam nossos sentidos são interpretados e representados de várias formas (substantivos, verbos, adjetivos, tempos verbais, pronomes, etc.). Os homens passam a compreender o espaço vital e o fazem assunto de comunicação. A função representativa é talvez a mais importante característica embora depreenda de duas outras funções