Resenha jornalismo na era virtual
KUCINSKI, Bernardo. Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética. São Paulo: Unesp, 2005. Cap.3.
Larissa Barreto*
Nascido em São Paulo em 1937, é professor de jornalismo na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Atuou em inúmeros veículos de comunicação no Brasil e no exterior. Participou das campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva em 1994, 1998 e 2002. Desde 2003 é assessor especial da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República.
O autor inicia o texto falando sobre o jornalismo desonesto, mais conhecido como a imprensa “marrom”, que é feito por matérias compradas, mentiras, deturpação da verdade, chantagens editoriais, utilizado para fins lucrativos, privilegiando grupos econômicos e políticos ou para aumentar a vendagem. Para “demonstrar” essas práticas ele cita casos como o do jornalista Willian Hearst, que inspirou o filme Cidadão Kane.
Dando prosseguimento ao assunto, o autor chama atenção para o fato de que a corrupção é uma prática altamente sedutora na indústria da mídia, pelo fato de interferir na opinião pública e pela proximidade do poder que esta proporciona. Os casos de corrupção e sensacionalismo que fizeram com que a American Newspaper Association publicasse em 1922, o primeiro código de ética, enfatizando o caráter e a integridade enquanto profissional.
Citando as práticas corruptivas ele traça um paralelo entre estas e a política, onde cita como exemplo a compra de votos de juízes e desembargadores e a lavagem de dinheiro do narcotráfico aliado a caixa 2 de empresas e doações secretas a campanhas eleitorais. O autor evidencia no texto que desde o início da ditadura até os dias atuais, a corrupção diminuiu consideravelmente, embora até hoje nos deparamos com casos de corrupção com bastante freqüência.
Chama atenção para o jornalismo brasileiro que é conhecido pelo caráter crítico, irreveren
* Estudante do 3º semestre vespertino de jornalismo pela Faculdade 2 de Julho.