resenha histórias cruzadas
O filme Histórias cruzadas trata da história e cotidiano de varias empregadas domésticas negras nos Estados Unidos nos anos 60, que possuíam como dever hereditário servir as senhoras brancas mostrando claramente a desigualdade de vida entre as duas classes e o extremo racismo que as mulheres negras eram impostas dentro de, não só seu ambiente de trabalho, mas como nas ruas.
Esse modelo de sociedade ocorre em toda a cidade em que o filme é passado, porem quando Eugenia Skeeter volta para sua cidade natal lhe chama muito a atenção esses absurdos que acontecem com as domésticas e então ela acaba pedindo a ajuda de uma empregada de sua amiga para escrever uma matéria para o jornal sobre as condições de vida dessas injustiçadas mulheres, que além de terem que cuidar de sua própria casa, filhos, problemas e dramas que qualquer um passa, elas devem cuidar do lar, da fartura de comida, da criação das crianças e entre outras obrigações das mulheres brancas, em condições inimagináveis, tendo que viver perante regras absurdas como a forma de se falar com uma negra, a diferença de banheiros das brancas e das negras, e muitas outras que a mente das ignorantes mulheres brancas criavam, regras dignas de uma sociedade podre, mil anos luz atrasadas.
Eugenia acaba se envolvendo tanto com o assunto, que adquire o desejo de levar a sua indignação adiante e resolve escrever um livro contando a história e depoimentos de várias empregadas domésticas que sofrem do mesmo preconceito e de certa violência, o racismo.
O filme se demonstra extremamente representativo, a partir do momento em que trata de uma imposição natural e histórica. O rebaixamento que as mulheres negras com uma classe social mais baixa recebem foi sempre uma característica da sociedade. Porém muitas vezes esta não é percebida e então é hora de um filme como histórias cruzadas vir a tona e lembrar a todas as pessoas, ricas ou pobres, o que todos sabem, mas parecem se esquecer, o