Resenha - globalização, reestruturação produtiva e movimentos sindicais
No texto “Globalização, reestruturação produtiva e movimento sindical” Graça Druck aborda a relação entre estes três temas, e mais o neoliberalismo.
Na sua primeira parte, o processo de globalização em curso, priorizando sua dimensão sociopolítica; analisa as principais transformações que constituem a reestruturação produtiva e suas implicações sobre o trabalho e o emprego; e tece algumas considerações sobre os mais significativos resultados das práticas neoliberais, apontando os seus limites e impasses. Busca compreender como se processa a articulação entre a globalização, a reestruturação produtiva e o neoliberalismo, a partir da categoria crítica do ‘trabalho’. Na segunda parte, enuncia os principais impactos desses processos sobre os sindicatos, apresentando a origem, o conteúdo e as principais tendências da crise do movimento sindical no âmbito mais geral e no Brasil. (DRUCK, Graça. Globalização, reestruturação produtiva e movimento sindical, pág. 01)
Globalização, reestruturação produtiva e neoliberalismo
A globalização, estudada preferencialmente sob o âmbito econômico, possui diversos reflexos no que diz respeito aos aspectos político e social. Ou seja, mesmo a globalização sendo considerada uma evolução da técnica promovida pelo seu governo ou pelas suas empresas, no interior da realidade capitalista existe o envolvimento social, onde os assuntos tratados vão além da economia. Vendo a globalização por meio da lógica do capital, temos, em parte, uma grande concentração do capital nas mãos dos poderosos e, em paralelo, um crescimento das redes de terceirização que mesmo dispersando o capital, ainda garantem lucro para os grupos empresariais. E mesmo nesses dois aspectos apresentados, torna-se vago não falar dos aspectos sociais e político causado pelo ator econômico. Em conjunto com a globalização surgem novas formas de trabalho: a reestruturação produtiva. Podemos adentrar no fator