Resenha Francis Bacon Novum Organum
De Francis Bacon
Livro I
As ideias iniciais principais da obra são as seguintes: o homem é limitado a fazer e compreender o que for possível observar dos fatos da natureza. A capacidade manual e intelectual só se desenvolvem bem se conjugadas. O matemático, o químico, o físico quando do exercício de suas atividades tratam de aspectos da natureza, mas o faz com pouco empenho; só é possível fazer algo novo se tentar modos de fazer novos; existe muita produção material e intelectual, mas baseadas na pequena quantidade de fatos conhecidos. O que se tem de novo não é decorrente do uso de novos métodos, mas de reorganização de descobertas anteriores. A natureza é mais complexa que a mente humana. A lógica atual (se referindo ao silogismo) é impeditiva do uso de novos métodos para se questionar a verdade. O silogismo por estar baseado em palavras não é sólido, sendo impreciso o método dedutivo. Põe-se como esperança do método indutivo. As lógicas (dedução) estão fundadas em conceitos comuns que geralmente se confundem. Para se realizar novas descobertas é preciso que as proposições sejam extraídas das coisas por um método mais seguro. As proposições decorrentes de argumento não podem servir para a descoberta de novas verdades pois não refletirá efetivamente a natureza. Para conhecer a natureza não será possível fazê-lo com os métodos da lógica. O intelecto tem ídolos que são as opiniões inúteis o que é muito diferente das “verdadeiras impressões gravadas por Deus nas criaturas” (p.10), sendo eles, ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do teatro. Ídolos da tribo são a percepção que o homem tem das coisas, logo sob a sua perspectiva a coisa não é vista como realmente é, mas como percebida. Os ídolos da caverna são as convicções pessoais de cada um construídas conforme a sua história de vida. Os ídolos do foro são as definições da linguagem que geralmente são vulgarizadas no discurso, ora atribuindo nome ao que não