Resenha Filme A Vida no Paraíso
Acadêmico: Bruno Afonso Neis
Relato do Filme A Vida no Paraíso
Psicodrama é uma forma de trabalhar com grupos e com as pessoas dentro dos grupos de maneira terapêutica que tem três pontos básicos de apoio, o teatro, que é a sua raiz mais forte, a psicologia e a sociologia onde a platéia e os artistas se confundem. O texto a ser representado surge na hora, o drama que surge é o drama do grupo presente. Os profissionais participantes apenas ajudam a montar o desenvolvimento das cenas. Dessa maneira pode-se lidar com as questões surgidas, tanto de interesse pessoal como coletivo. As pessoas podem se aproximar da consciência de seus dramas individuais ou grupais.
No filme A Vida no Paraíso o canto funciona como uma chave que abre o coração e a alma das pessoas, ajudando não só os moradores da pequena e pacata cidade a se soltarem, mas também o próprio Daniel, um homem que respira música, desde a infância. Mas, mesmo que inconsciente, ele sabe que falta algo, que finalmente ele encontra na voz do coral, o som humano. No caminho de volta para sua cidade natal, Daniel diz para si mesmo que não tem ideia do motivo que o traz para o lugar de lembranças tão dolorosas, penso que aí está à ilustração de como as situações inacabadas nos fazem retornar ao ponto de partida, pois sempre podemos reescrever nossa história e a sensação de pertencimento é o que o traz ao local que havia deixado marcas de dor em seu corpo e em sua alma. Seu sonho sempre foi compor uma música que abrisse o coração das pessoas e por mais que tente resistir ao seu dom musical, o maestro acaba encontrando sua liberdade exatamente na música.
O processo de transformação se dá a partir de si, numa troca rica entre os participantes do coro. O maestro busca a voz interior de cada um. Assim como o processo terapêutico, Daniel utiliza de qualquer ferramenta que possa favorecer o encontro de cada um consigo e com o meio. É interessante assistir cada integrante