Resenha: Filme "A Onda"

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Caroline de Andrade Lehmen

Resenha: Filme “A Onda”

Santa Cruz do Sul, 24 de abril de 2014.

O filme "A Onda", dirigido por Dennis Gansel, é baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967. A produção alemã apresenta um professor de ensino médio que, ao assumir de última hora, um curso sobre autocracia, decide proporcionar aos alunos uma experiência prática de uma semana que explique os mecanismos do fascismo e do poder como forma de cativá-los. O professor é eleito o líder do grupo e esse movimento ganha o nome de "A Onda". Movimento este que se baseia em normas de conduta, espírito coletivo e disciplina. A primeira forma aplicada na sala de aula é o poder através da disciplina, para isto o professor exige que mantenham a postura ereta, que se levantem quando dirigirem-lhe a palavra, assim como lhe tratem somente como “Senhor Wenger”. Também exige que as perguntas e respostas sejam breves e objetivas. Todos passam a gostar da brincadeira, afinal todos falam a mesma língua e todos sentem fazer parte de um todo maior. Logo a segunda forma é aplicada, o poder através da união. Então por sugestões dos próprios alunos o nome A Onda vem à tona, um símbolo, um cumprimento padrão e um estilo de vestimenta: calças jeans e camisas brancas. Os alunos começam a fazer do grupo um estilo de vida e levam a experiência para fora da escola. Passam a ajudar qualquer um que ostenta o símbolo do grupo, os excluídos fazem amizades, são protegidos pelos seus iguais contra o inimigo comum, começam a pregar a filosofia e o estatuto do grupo, participam de festas e reuniões e excluem todos aqueles que não participam. O próprio professor se sente orgulhoso pelo desfecho de sua experiência e começa a ficar ambicioso, em contrapartida de seus objetivos iniciais. Temos, portanto, uma representação pequena, porém idêntica, ao que foi iniciado por Hitler no início