Resenha : filme "um sonho sem limites"
Baseada num livro de Joyce Maynard, que, por sua vez, é uma romantização de um crime real, o roteiro de Buck Henry pretende apresentar uma comédia de humor negro, mas não consegue arrancar risadas. Os personagens pouco verossímeis poderiam contribuir para tal objetivo, mas estacionam no meio do caminho entre o real e o absurdo. Através de suas falas voltadas diretamente para as câmeras, recurso obtido por situações que vão sendo explicadas no decorrer de seus 106 minutos, a história vai se construindo a partir dos créditos de abertura, no qual já é possível saber o que aconteceu. Sabendo-se desde o começo que Suzanne deu fim a Larry, só resta aguardar como isso viria a ocorrer.
E o filme não faz questão de surpreender. Os adolescentes são retratados como idiotas completos, facilmente influenciados pelo jeito de diva de Suzanne. Gus Van Sant até arrisca um pouco com uma certa erotização, com cenas que sugerem sexo, mas que só confirmam o abobalhamento do personagem de Joaquin Phoenix. Os atores, porém, desempenham muito bem seus papéis, com atuações bastante convincentes. O problema é mesmo o