Resenha filme triunfo da vontade
O documentário de Leni Riefenstahl representa um marco no que diz respeito à propaganda nazista. Encomendado pelo próprio Partido Nacional-Socialista Alemão, e autorizado por Hitler e Goebbels, o filme apresentado tem a intenção original de enaltecer os primeiros anos do partido para que assim as futuras gerações pudessem olhar para trás e ver como o Terceiro Reich moveu massas populares através de uma causa comum.
O documentário-propaganda é rico em imagens, principalmente do encontro de Nuremberg, reforçando o ideal nazista da época. A própria qualidade da película é algo impressionante para a época, mostrando-se de alta qualidade, talvez como um mero reflexo no próprio partido alemão. O filme é cansativo pois mostra tudo relacionado aos nazistas no cotidiano político, como discursos, passeatas, desfiles, entre outras coisas. Ou seja, evidencia-se a imagem pomposa, ufanista e de ordenamento que a Alemanha daquela época vivia. Os desfiles parecem não acabar nunca, são exibidos uns atrás dos outros, quase que sem pausa. O Congresso do Partido Nacional Socialista de 1934 foi planejado para ser o mais suntuoso e gigantesco espetáculo que já houve na Alemanha. O planejamento arquitetural e logístico para atender mais de 700.000 visitantes na cidade medieval de Nuremberg levou à construção de uma vasta cidade de barracas para hospedá-los e alimentá-los. Os oficiais do partido planejaram uma série de eventos espetaculares que demonstrariam o poder e a união do partido sob a liderança de Adolf Hitler.
Historicamente, no entanto, o documentário-propaganda é fascinante. O próprio título já expressa tudo: uma referência à vontade de potência da Alemanha nazista. A grandiosidade é a marca registrada do documentário. A narração é mínima, nula, e somente tem espaço durante os pronunciamentos dos políticos dos personagens de partido. Riqueza de detalhes mínimos, como a euforia das massas, o modo de falar dos palestrantes, o