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Guerra e Cinema: Um encontro no tempo presente é um texto que nos convida logo de cara a refletirmos acerca do próprio nome. O autor logo em sua introdução explicita a ideia da produção cinematográfica como um registro histórico e a importância do cinema em resgatar fatos e influenciar ideologias. Francisco Carlos nos direciona a percepção da lógica de que todo cinema é cinema do tempo presente, ou seja, todo cinema é contemporâneo a si, pois nele está embutido toda carga ideológica daquilo que se quer passar ainda que esteja ambientado a um período (data ou acontecimento específico). Isso se deve ao fato de que em cada texto habita um subtexto (um enfoque dado pelo produtor, diretor ou aquele que idealiza.), que dá rumo e leva o expectador alcançar (ainda que de maneira indireta) um entendimento específico. Dessa maneira o autor ao longo de sua obra nos convida a partir dos acontecimentos, analisarmos e entendermos quais são as reais idéias e propostas por trás dos roteiros dos filmes de guerras compreendidos no espaço-tempo entre I Guerra Mundial até o final da Guerra Fria.
A princípio o historiador Carlos Teixeira nos fornece alguns dados correlacionando cinema e guerra, tais quais: os Ingleses foram vanguardistas em utilizar o cinema como instrumento de guerra. Logo na primeira guerra essa arte era utilizada como propaganda política. Os Alemães foram outros que nessa mesma época usaram desse artifício e criaram a UFA(Universum Film Aktiongesellchaft) empresa cinematográfica que se tornou famosa durante a república de Weimar, Mas contudo coube aos italianos criarem o gênero filme histórico, que tinha por finalidade mobilizar a opinião pública a favor do Estado Nação, como exemplo podemos ilustrar Quo Vadis de Enrico Guazzoni em que o ambiente do Império Romano expansionista pode ser interpretado como autoafirmação e legitimação do expansionismo italiano em sua unificação. Ao mesmo passo os americanos criavam também um novo gênero que depois se