fungos
Os fungos constituem um reino à parte, lado a lado com os reinos vegetal e animal e tamanha é a sua diversidade que é difícil defini-los. No entanto, os fungos possuem características em comum que os distinguem dos demais seres vivos. Os fungos apresentam filamentos (hifas), paredes rijas (ricas em quitina), características heterotróficas (não possuem clorofila e necessitam de matéria orgânica para a sua sobrevivência, enzimas que degradam celulose e amido, são eucariotos, sua reprodução pode ocorrer por via sexual ou assexual e seus órgãos de reprodução são os esporos.
Os fungos têm grande importância biotecnológica na indústria de alimentos (incluindo bebidas e de ácidos orgânicos) e na de fármacos, além disso, os fungos têm contribuído com o entendimento dos processos genéticos. Por serem eucariotos e reproduzirem-se rapidamente eles podem ser utilizados, com eficiência, na resolução de problemas genéticos. Foi através da utilização de fungos e leveduras que em 1941 descobriu-se que os genes produzem enzimas e outras proteínas. Com o tempo o avanço no estudo dos fungos possibilitou a seleção de linhagens mais apropriadas, o uso de mutantes e o cruzamento de linhagens contribuindo com o melhoramento genético de muitos fungos de valor industrial, sendo o melhoramento genético do fungo produtor de penicilina o exemplo de maior sucesso. A partir da década de 70 foi possível utilizar técnicas mais avançadas como a fusão de protoplastos, DNA recombinante e engenharia genética contribuindo para o uso biotecnológico dos fungos.
Entre as muitas aplicações biotecnológicas de fungos manipulados geneticamente podemos citar a produção de antibióticos, de ácidos orgânicos, de etanol. Na produção de antibióticos o melhoramento genético através de técnicas de genética clássica (seleção e mutação) possibilitou o aumento da produção de penicilina pelo fungo filamentoso Penicillinium chrysogenum. Dentre os fungos utilizados na produção de ácidos orgânicos destaca-se o