Resenha filme germinal
O filme “Germinal” do diretor e produtor de cinema francês Claude Berri, retrata a realidade sócio-política do final do século XIX e início do século XX na Europa, mas especificamente na França. Retrata a vida diária dos trabalhadores nas minas de carvão e as precariedades em que viviam. Caracteriza de forma surpreendente o processo de produção do trabalho obedecendo o modelo capitalista, a expansão do capital, mostrando de uma forma bem clara os opostos entre a as necessidades humanas e as necessidades materiais. Expõe a relação de trabalho, a miséria a que são submetidos, forçando crianças ao trabalho para que, juntando os miseráveis salários, possam manter precariamente a sobrevivência da família. Aponta de forma contundente a relação dos operários com a máquina, relação entre capitalistas e operários o surgimento de greves e do sindicalismo. Essas questões sociais são marcos da história da França no início da revolução industrial.
O filme mostra como as condições de trabalho eram precaríssimas, sem nenhum tipo de equipamento de segurança, iluminação adequada e ferramentas apropriadas ao trabalho. Tanto que quando ocorriam desabamentos devido a um escoramento feito sem as estacas devidas os trabalhadores eram multados, com descontos nos salários que eram pagos quinzenalmente. Injustiça por parte dos patrões, que viviam uma vida regalada, e de luxo. E adotavam uma posição positivista em relação aos trabalhadores, achavam que por darem moradia, seguro médico e o pequeno salário, está tudo muito bom.
O ápice do filme acontece quando ocorre a crise no mercado mundial de carvão e a saída é a desvalorização da mão-de-obra, ou seja, a diminuição dos salários. Logo, a influência comunista, de Karl Marx se vê na pele de Etiene (um dos personagens do filme), que cria uma caixa de previdências entre os trabalhadores, visando resistência e conseqüentemente a instauração da primeira greve aos