Resenha Filme Delirios de Consumo
Professora: Nicassia
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom
Historicamente o capitalismo começou como um sistema em que bens e serviços genéricos em caráter, e refletindo necessidades ‘reais’, eram produzidos e vendidos. Nas últimas décadas observamos um contexto de mercados de consumo cada vez mais saturados e de uma rotatividade cada vez mais rápida nas modas, gostos e tendências.
A jovem jornalista de vinte e cinco anos, Rebecca Bloomwood, se recorda de uma infância em que o ato de ‘ir às compras’ era, sobretudo, motivado pelas decisões tipicamente ‘racionais’ de sua mãe, que enfatizavam a busca pela utilidade e longevidade dos produtos.
O filme traz uma estética completamente consumista, vista a partir de um cenário capitalista, mostrando objetivamente a mudança no pensamento de consumo de algumas décadas até os dias de hoje: O consumo exacerbado.
Logo no inicio o filme já da claras noções de consumo onde a personagem faz uma analise de dois tipos de produtos: Os de preços reais, que são os itens de custo alto, com valor agregado, status, e de pouca durabilidade. E os com desconto, que são os produtos de baixo custo e alta durabilidade. Esse fato é importante porque mostra a transição da forma de pensar sobre o consumo que a massa tinha e tem. Antes, os produtos eram produzidos em função da durabilidade, pagava-se pouco pelo que prometia durar muito. O que logo mudou, e o que vivemos hoje: os produtos agora são feitos em função da baixa durabilidade, e do consumo acelerado.
Podemos enxergar o quanto a personagem esta imersa nessa cultura de consumo excessivo quando a mesma apresenta seus 12 cartões de créditos, sendo que todos estão estourados. Em seguida, com Rebeca já adulta, o filme começa a mostrar mais a faceta de consumo emocional, através das vitrines que de forma fantasiosa tomam vida, encantando, seduzindo, envolvendo quem passa, estimulando o desejo. “as lojas despertam desejos por