Resenha filme confiar
De um modo geral, você acredita que o mundo tem melhorado ou piorado? É uma avaliação complexa, não é mesmo? Afinal, em muitos aspectos, o mundo nunca esteve tão evoluído, o conhecimento tão acessível e a tecnologia tão avançada. Por outro lado, já diz o ditado, "quanto mais gente, mais problemas". Sei lá se esse ditado existe mesmo, se não existia, acabei de inventar. Mas a questão é que em um mundo tão repleto de diversidade, e de pessoas que divergem e que têm seus próprios interesses, é bem provável mesmo que os problemas aumentem.
Um dos grandes males, não atuais porque já existe há muito tempo, mas que tem aumentado em virtude do crescimento populacional desenfreado, e acredito, do avanço tecnológico, é a pedofilia. A internet, por mais que seja, senão a melhor, mas pelos menos uma das melhores ferramentas para a busca de conhecimento, traz também inúmeros riscos, especialmente para os adolescentes, que vivem a transição entre a inocência e a maturidade, têm uma curiosidade aguçada e os hormônios fervilhantes. Daí, claro, estão mais suscetíveis a cair na lábia azeda de homens mais velhos que se aproveitam dessa inocência e tentam abusar deles sexualmente.
E exatamente esse contexto que é discutido no filme Confiar, de 2011, dirigido por David Schwimmer, e estrelado pelo ator gato Clive Owen. Annie (Liana Liberato), em seu aniversário de 14 anos, ganha de seus pais Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) um Notebook bacana com acesso à internet. Feliz da vida que não precisa mais compartilhar o computador com ninguém, Annie começa a passar tempo demais em salas de bate-papo, conhecendo gente nova. Tal comportamento, de início, não demonstrar nada de mais, tanto que Annie conta para seu pai a novidade de ter conhecido um novo amigo pela internet, um rapaz um pouco mais velho que ela, bonito e que está prestes a ir para a faculdade. O problema é que Annie passa a se envolver demais com esse rapaz, e acaba não