resenha Escrever da esquerda pra direta- Umberto Eco
Escrever da esquerda pra direita- Umberto Eco
Em “Escrever da esquerda pra direita” Umberto Eco faz algumas considerações a respeito de alguns de seus romances. Ele fala sobre como surgiu a vontade de escrever um romance e como ele escreve seus romances, suas ideias e as restrições que ele segue.
Em francês se faz a distinção entre um écrivain- alguém que compõe textos criativos, como um romancista e um poeta. E um écrivant- pessoa que registra fatos, como um filósofo. O filósofo é um escrito profissional, cujos textos podem ser resumidos em outras palavras sem perder o seu significado. Os escritores considerados criativos, como leitores tem o direito de questionar sua própria obra, mas devem respeitar seus leitores e suas visões sobre a obra, já que lançaram seus textos no mundo. Eco problematiza a ideia dos serem escritores considerados criativos simplesmente por escreverem coisas contrárias aos fatos, e se ao escrever sobre fatos e coisas da vida não podemos usar objetos considerados “fantásticos” para ilustrar a história.
Em um ensaio teórico, em geral se pretende demonstrar uma tese particular ou fornecer uma resposta para um problema especifico, diferente do romance, que representa a vida e toda a sua incoerência, pedindo aos leitores que arrisquem uma solução, não oferecem fórmulas.
Umberto Eco, nos conta que uma amiga que trabalhava em uma editora, o convidou para escrever um romance policial, e ele disse que filósofo não escrevia romances. Mas ele sentia vontade de escrever um romance policial obre um monge envenenado e pegou suas anotações sobre a estética medieval, que ele havia feito na sua tese de doutorado, e assim foi surgindo seu primeiro romance: O nome da rosa; que ele terminara em 2 anos.
Eco explica o título do texto, quando ele diz que os jornalistas sempre perguntavam como ele escrevia seus romances e ele respondia: “Escrevendo da esquerda pra direita”. Ele fala que não tem uma receita exata de