Resenha: ensaio a cegueira
Tudo começa no sinal fechado do trânsito, onde um motorista ali parado, de repente grita falando que estava cego e só conseguia visualizar uma luz branca. Alguns foram socorrer e um ladrão ofereceu para levá-lo em casa, roubando o carro em seguida. Ele resolveu buscar um médico ao qual também ficou intrigado com aquela “cegueira branca”, que não foi detectada em nenhum exame.
No dia seguinte o doutor acordou cego. Pouco depois uma prostituta, que andava de óculos escuros para se curar e esconde-se de uma conjuntivite, perdeu a visão. Depois uma criança, e sequencialmente outras pessoas também ficaram. A cegueira não era comum, pois representava como fechamos os olhos para os outros e nos aprisionamos em nossa ignorância, nos escondendo dos medos e da realidade do mundo.
O Ministério da Saúde resolveu isolar numa quarentena os afetados com a epidemia para evitar que se lastrasse para o resto da população. No começo eram seis pessoas, incluindo a mulher do médico, que era a única que conseguia ver e resolveu se passar por cega para cuidar dos outros. No prédio velho de um antigo sanatório onde estavam vivendo, as condições eram precárias e precisaram aprender a compartilhar alimentos, tristezas e alegrias. E dividir as lágrimas e tarefas, como o enterro dos mortos que por ser praticado de forma sazonal virou um ritual. Especialistas: oftalmologistas e neurologistas de toda parte se reuniram para tentar achar as causas e soluções para o problema. Os casos só aumentavam, as cidades e o transito se tornaram um caos fazendo com que as pessoas não afetadas preferissem ficar em casa.
Com o aumento do fluxo de infectados dividiram o lugar em alas e a primeira foi coordenada pelo médico. Ele era responsável junto com a mulher de buscar alimentos e fazer mediações, já que o governo e os soldados eram negligentes, atirando em quem não respeitavam as regras, e pouco flexíveis. Enquanto a terceira foi liderada por bandido que