resenha dupla articulação
MARTELOTTA, Mario Eduardo. Dupla articulação. In: MARTELOTTA, Mario Eduardo (org.). Manual de Linguística. São Paulo: Editora Contexto, 2008.
Resenhado por Suélem Fogaça, 2º ano B
Universidade Estadual de Ponta Grossa
O terceiro capítulo, denominado Dupla articulação, do livro Manual de Linguística de Mário Eduardo Martelotta, se inicia com a seguinte afirmação: “Desde o século XIX, os linguistas aceitam como verdade que a linguagem humana é articulada” uma vez que se diferencia da linguagem dos animais e para comprovação disso, ele explica que os enunciados da linguagem são constituídos de membros ou partes menores que são divisíveis e que podem ser encontrados em outros enunciados da língua.
Martelotta argumenta que estes membros que se articulam para formar as palavras, são denominados morfemas: os radicais, as vogais temáticas, os prefixos, os sufixos e as desinências e constituem a menor unidade significativa da estrutura gramatical de uma língua. O autor mostra-nos um exemplo de como seria a divisão de uma sentença, levando em consideração os morfemas e a esta divisão dá-se o nome de primeira articulação ou morfologia.
O autor acrescenta ainda, que a mesma sentença exemplificada pode ser dividida em partes menores, ou seja, em fonemas que caracterizam unidades sonoras da língua e não possuem significado próprio, diferenciando-se, portanto dos morfemas. Os fonemas, de acordo com Martelotta, são importantíssimos para que consigamos distinguir os vocábulos e na divisão das sentenças eles ficam conhecidos como segunda articulação ou fonologia.
Sendo assim, entende-se que os morfemas são significativos, pois nos informam a respeito da estrutura gramatical dos vocábulos e, os fonemas são distintivos, pois dizem respeito ao som e, portanto não significativos. Morfemas e fonemas são autônomos e estão à disposição do falante de acordo com sua necessidade no uso diário da língua.
Tendo em vista a morfologia e a fonologia como dois tipos de