Resenha: "doze homens e uma sentença"
HISTÓRIA DO FILME
Uma breve tomada externa mostrando o fórum de justiça, que rapidamente nos leva à sala do Tribunal onde o juiz acaba de explanar aos presentes, que após a declaração das testemunhas e provas apresentadas, o júri de 12 homens irá se reunir em uma sala isolada para decidir sobre o futuro do jovem de 18 anos acusado de matar o pai a facadas, após discussão doméstica. A câmera passeia pela sala, e repousa no rosto assustado e singelo do réu.
A decisão do júri precisa ser unânime, e por esse motivo a necessidade de cautela na decisão, pois se trata de decidir se uma pessoa deve ou não ser morta para pagar por um determinado crime. A responsabilidade se torna ainda maior para os jurados, pois existem algumas testemunhas e provas, mas existe também uma margem de dúvida, dúvida essa que se não for esclarecida pode condenar um inocente ou absolver um culpado pondo em risco a sociedade. Por esse motivo não cabe aos jurados agir com a emoção, levando em conta suas experiências de vida, suas frustrações ou seus medos, mas sim buscar minuciosamente o esclarecimento dos fatos, analisando assim todas as possibilidades e buscando enxergar de diferentes ângulos cada nova possibilidade a fim de poder melhor analisar e assim tentar chegar o mais próximo possível da verdade.
A argumentação é ponto crucial no desfeche do resultado final, pois o único jurado com opinião contrária aos demais, o arquiteto Daves, durante toda a discussão dos fatos, se mostra preocupado não somente em condenar ou absolver o réu e sim em julgar com coerência os fatos ocorridos para que não se cometesse nenhuma injustiça, nesse aspecto Daves, usa algo além de persuasão e argumentação: o gerenciamento das relações, onde observa como cada um dos demais jurados se comporta e se comunica, para que dessa forma possa também saber como persuadir cada um, a fim de fazê-los pensar no tamanho da responsabilidade que lhes foi atribuída. Entre os jurados