Higiene do trabalho
Ivana Tavares Muricy Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/SEPLAN)
Palavras-chaves: Políticas públicas, turismo e desenvolvimento
“Trabalho apresentado no XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG – Brasil, de 20 a 24 de setembro de 2010”;
Turismo e desenvolvimento no Litoral Norte da Bahia Ivana Tavares Muricy Tradicionalmente dedicado a atividades agropecuárias, o Litoral Norte da Bahia1 manteve um relativo estado de isolamento sociocultural e econômico em relação ao eixo dinâmico do Estado, centralizado em Salvador e no Recôncavo baiano. Essa situação começa a se modificar na década de 1970, com a construção do primeiro trecho da rodovia costeira BA-099 (conhecida como Estrada do Coco), que vai ligar Salvador à localidade de Itacimirim, no município de Camaçari (Região Metropolitana de Salvador). A estrada viabilizou o acesso a algumas aglomerações costeiras, dedicadas à agricultura e à pesca, tais como Abrantes, Arembepe, Jauá e Itacimirim. Estas passaram a funcionar como espaço de lazer, sobretudo para um parcela de moradores da capital baiana com elevado poder aquisitivo, que adquiriram casas de “segunda residência” utilizadas nos períodos de férias e de feriados prolongados. Mesmo sem ter alcançado a área costeira do Litoral Norte, a estrada também estimulou o desenvolvimento do turismo nesta porção do estado, sobretudo em Praia do Forte (primeira praia da Região, localizada no Município de Mata de São João), que passa a ser apresentada nos programas e planos de desenvolvimento turístico e recreativo realizados pelo governo do estado como uma das áreas mais importantes e propícias para o turismo (GOMES SOBRINHO, 1998, p. 35, apud MURICY, 2009a, p. 11). Nesta mesma década, parte da região tornou-se alvo da política de incentivos fiscais do governo estadual de fomento à indústria de celulose no intuito de atender a demanda do mercado