Resenha do texto “Memória: da liberdade à tirania” de Pierre Nora.
Pierre Nora em seu texto levanta um questionamento sobre a emergência da memoria. Segundo ele nos últimos vinte a vinte e cinco anos, todos os países começaram o que ele chamou de “o culto às raízes, ondas comemorativas de sentimento; conflitos envolvendo lugares ou monumentos simbólicos; uma proliferação de museus; aumento da sensibilidade relativa à restrição de acesso ou á exploração de arquivos; uma renovação do apego aquilo que em inglês é chamado de heritage e em francês patrimoine; a regulamentação judicial do passado.” Para ele esta retomada possui duas razões principais. A primeira ele chama de “aceleração da história”, essa expressão significa a mudança que esta afetando tudo mais e mais rapidamente. Para Nora, a incerteza que o povo tem pesa hoje sobre o futuro e cria para o presente uma obrigação de recordar. Isso exige que o presente acumule todos os traços visíveis e todos os sinais materiais que constituem evidência e que vão fornecer evidencia do que uma nação, um grupo, uma família, é ou terá sido. A segunda razão para esse surto de memoria está ligada a “aceleração da historia”. Ela é feita pelos movimentos de libertação, emancipação dos povos, grupos étnicos e mesmo indivíduos que tem um impacto sobre o mundo contemporâneo. Para a recuperação do passado dessas minorias é necessário três tipos de descolonização: a descolonização global, que deu a sociedades que estavam vegetando na inércia etnológica da opressão colonial acesso á consciência histórica e á recuperação ou fabricação da lembrança; nas sociedades tradicionais ocidentais, a descolonização interna de minorias sexuais, sociais, religiosas e provinciais. Nora cita que a memória é um tipo de justiça, e que em hoje em dia, a História deve proporcionar o conhecimento, mas a memória dá o significado. No fim de seu texto ele diz que o reino da memória para a História, é tanto uma negação quanto um desafio. Existe a memória