Resenha do texto psicologia e ideologia
O texto “Psicologia e Ideologia: Uma introdução crítica à Psicologia Escolar”, de Patto, inicia justamente ressaltando essa questão sobre o grito de independência da psicologia e sua concomitante reivindicação do status de ciência autônoma que permeia a segunda metade do século XIX na Europa, com as sociedades industriais capitalistas.
Assim, pode-se afirmar que a Psicologia é a ciência indicada para selecionar, orientar, adaptar e racionalizar dentro de uma sociedade. É preciso salientar que a teoria, em se tratando da Psicologia se desenvolveu para dar suporte as questões práticas, como afirma Deleule “investigações teóricas, a aplicação se perfila como iniludível telos” (p. 64).
Discutir sobre a prática de uma profissão é também fazer história, é refletir sobre as diversas informações, é tecer conhecimentos para não se deparar com pensamentos soltos. Nesse contexto é importante se fazer uma breve retrospectiva, e para que se possa situar a psicologia é necessário voltar ao seu surgimento na perspectiva científica, considerando como marco inicial a segunda metade do século XIX, mais precisamente em 1879, graças às contribuições de Wilhelm Wundt com a criação do laboratório de psicologia experimental em Leipzing na Alemanha, o que provocou o desenvolvimento de várias pesquisas.
Outros laboratórios também foram surgindo e se espalhando imediatamente pela Europa e pelos Estados Unidos, que logo assumem a frente com a criação de novos espaços de desenvolvimento de estudos de referência nesta área. Novas questões epistemológicas surgem e vêm promover suas próprias bases conceituais, seus métodos e técnicas.
É importante destacar, como coloca o autor, três grandes nomes nos Estados Unidos que desenvolveram trabalhos com