Resenha do texto Narrativas Fotográficas
Em suma, o capítulo tenta denunciar os estereótipos raciais existentes nos jornais impressos do Brasil. Devido à bagagem cultural e ao preconceito existente em nossa sociedade, as mídias acabam incorporando tais valores e deixando os negros marginalizados em suas matérias.
Para começar, Mendonça levanta uma discussão acerca do tema identidade/alteridade. Na página vinte e um, explica-se que aquela nasce com marcas desta. Com isso, destaco a ideia de que a identidade do chamado “Outro” surge baseada em formas de contraste com o restante do meio em que se está inserido, estando separados por sistemas classificatórios criados por nossa própria forma de cultura. Estando explícita toda essa relação, é mais fácil entender como são excluídos ou inibidos os tais “Outros”: de forma antropofágica, quando são deglutidos pela sociedade reduzindo-se as diferenças, ou de forma antropoêmia, quando são e banidos de qualquer comunicação e expelidos da sociedade.
Mais à frente, o autor se baseia em um texto de Iris Young para listar as cinco formas mais desrespeitosas de tratar o Outro (exploração, marginalização, falta de poder, imperialismo cultural e violência). Mendonça se atém ao quarto item, exclamando que tal quesito é homogeneizante de um modo negativo para com as minorias, tendo a mídia participação importante neste processo. Ainda posso destacar a citação do autor que assinala a declaração de Woodward, que especifica tais classificações como perigosas, já que as representações pessoais são formadas a partir da imagem que é formulada de nós.
Na página vinte e quatro, o autor relata que sua escolha de estudar as fotografias de negros e mestiços em