Resenha do texto "Como criar o Futuro Já"
COMO CRIAR O FUTURO JÁ
Por Gary Hamel e C. K. Prahalad
Nas economias em que se vive “a curto prazo”, como foi o caso da brasileira por décadas, as chances de sobrevivência amanhã estão em saber prever corretamente os cenários a partir da situação atual. No artigo, os autores questionam o posicionamento das empresas quanto às oportunidades do futuro, questionam o tempo dedicado ao crescimento ao longo prazo.
Se for obtido controle total do futuro da empresa é possível responder a perguntas como: quais são as novas áreas de competência básica que precisam ser criadas? Em que novos conceitos de produto devemos ser pioneiros? Que alianças serão necessárias no futuro? Entre outros. Porém, para obter esse controle do futuro é preciso dedicar uma parte considerável do tempo da empresa, o que não costuma ocorrer.
Qualquer companhia que não tiver o futuro como a maior preocupação vai acabar criando uma discrepância entre o ritmo de mudança do setor e o da empresa, provocando então uma necessidade de transformação organizacional: downsizing (encolhimento), redução dos custos indiretos, delegação de poder aos empregados, reorganização de processos e racionalização da carteira de produtos.
Entretanto, raramente a reestruturação produz melhoras fundamentais nos negócios. Na melhor das hipóteses, ganha-se tempo com ela. A transformação organizacional precisa ser impulsionada por uma visão sobre o futuro. E criar o futuro exige capacidade de previsão, ou seja, conhecimento das tendências tecnológicas, demográficas, normativas e de estilos de vida que podem determinar mudanças na indústria e criar um novo espaço competitivo.
Assim, tendo em vista que a mudança é inevitável, a verdadeira questão para os executivos é saber se a mudança acontecerá tardiamente, num ambiente de crise, ou de forma preventiva, calma e ponderadamente.
Infelizmente, muitas empresas pensam na possibilidade de renovar suas estratégias e reinventar seus setores somente quando a