Resenha do livro
“Tempo é dinheiro” poder ser, sem dúvida alguma, nomeada como a frase que apresenta com mais precisão a forma com que nossa socialização atual dedica-se ao tempo. Atualmente o tempo é considerado como algo a ser conquistado, acumulado, adequado progressivamente, sem limites ou medidas. Como possuir mais e mais fosse o modelo a ser seguido, a finalidade maior e unânime, o exemplo estabelecido, ramificado e obedientemente contemplado.
Da mesma maneira egoísta, insustentável e insensato que o ser humano faz com os recursos, os imóveis, as terras e todo bem universal global. Poucos são donos de muito. E a consequência não podia ser outra: instabilidade. A discrepância conserva-se em um método que coloca resultados, benefícios e desígnios antes da saúde ou da qualidade de vida.
Os bancos disponibilizam empréstimos para as pessoas realizem quanto antes o desejo em ter um carro zero ou fazer a primeira viagem ao exterior. As lojas de departamento concedem crediários para os compradores não aguardarem meses juntando para redecorar suas casas. As universidades disputam novos estudantes como a justificativa de quem forma em menos tempo. A indústria comercializa serviços que garantem mais nutrição em menos tempo, mais músculos em menos tempo, mais beleza em menos tempo. E, acima de tudo, menos peso em menos tempo.
É neste agitado contexto social e humano, que Ciro Marcondes Filho propaga os estudos e as ideias que o inspiraram a escrever “Perca Tempo” – É no lento que a vida acontece. O livro percorre um estudo da situação em que a civilização moderna se entra, expondo as consequências que a vida com as maquinas pode ter e esclarecendo de que forma podemos mudar esse quadro.
“Nossa vida cotidiana marcada por pressa, agitação, tensão nervosa, estresse, adaptada ao ritmo da concorrência, da exclusão do outro, das formas de contínuo desafio e confronto, imposta pelo