resenha do livro O Estrangeiro
Um dia, num simples passeio na praia com amigos e namorada, Mersault se envolve numa briga junto com seu amigo Raymund. O agressor, descrito pelo Autor como “árabe”, veio se vingar de Raymund porque este havia batido em sua irmã.
Passado a briga, sem muitas conseqüências, Mersault resolve caminhar pela praia quando reencontra, desta vez sozinho, o árabe. Num lapso, sem motivo aparente, Mersault atira com a arma de Raymund no agressor, matando-o.
Após este fato, a personagem é presa e passa a nos narrar as suas reflexões dentro da prisão, e a forma como é conduzido o seu julgamento que resultou na sua condenação a pena de morte.
A história narrada nos permite diversas reflexões, dentre elas, está o nosso modelo atual de justiça penal.
O autor não adentra nas penas culminadas, mas poderíamos também nos questionar sobre a sua justiça e utilidade.
Nosso modelo penal está fracassado. Ele não traz a sensação de justiça para a vítima, não lhe devolve a dignidade, não lhe promove o conforto, principalmente nos casos que a lesão se dá no bem maior, no bem da vida. Nosso sistema não serve de proteção, não tutela os bens que aparentemente diz tutelar, não previne. A pesquisa apresentada em sala, realizada pelo Estado de Santa Catarina, mostra-nos claramente isso. São mais prisões, mais policiais, mais armamentos...
Não se pode impedir que um indivíduo cometa um crime, que estupre, mate ou roube. Não se pode colocar a responsabilidade no Estado de curar todas as mazelas da sociedade. Posso dizer, mas sem muito conhecimento confesso, embasada apenas no conteúdo ministrado nas