Resenha do livro Sangue Azul
O livro trata de revelações sobre corrupções e assassinatos na PM do Rio de Janeiro, feitas por um Soldado da instituição. No livro foram dados nomes fictícios aos personagens, para segurança. Sangue Azul trata da guerra civil não declarada que já existe no Rio de Janeiro e que abala toda a sociedade. No decorrer da obra vemos a história de policiais militares que, à medida que avançam em sua missão, esses policiais se corrompem, matam, estupram, afligem no abandono da ética e da própria humanidade. O livro mostra, ainda, como que a imprensa era levada a estampar as falsas versões de heroísmo, narradas à mídia pela voz dos próprios PMs, o que fazia com que os leitores acreditassem que eles agiam na defesa da sociedade, quando, na verdade, sempre estavam à procura de seus interesses e de seus comandantes, com os quais tinham que dividir o lucro de tudo que colhiam. E no final, os políticos se beneficiavam disso tudo, com falsas propagandas na mesma mídia, de que o povo podia confiar na sua Polícia e na segurança que o Estado proporcionava. As mais de 300 páginas do livro deixam claro que todos os PMs eram obrigados a participar das ações dos seus pares de incursões. Caso se recusassem a aceitar a sua parte nos lucros das extorsões eram mortos pelos próprios companheiros, e a culpa colocada nos traficantes. Ao mesmo tempo, uns traíam os outros com frequência, para não terem que dividir, o que criava um clima de falsa amizade entre todos, mas que, na verdade, não passava de aproximação necessária entre comparsas, cúmplices fardados e com o respaldo dado pelo Estado para agir, a qual terminava tão logo interesses eram contrariados. Se drogavam. Estupravam e matavam nos guetos onde incursionavam como senhores da vida e da morte! A única operação séria, honesta, narrada no livro, foi a prisão de um rapaz, que seria “matuto” (abastecedor de bocas de fumo). Mas como este era filho de uma juíza de direito, o grande traficante foi absolvido e todos os