resenha do livro Moisés e o monoteísmo
Em seu livro Moisés e o Monoteísmo, Freud trás a baila uma breve investigação na expectativa de dela derivar um novo argumento em apoio da suspeita de que Moisés era egípcio. Freud, afirma ainda que, o primeiro argumento baseado em seu nome (que é o argumento bíblico), levou muitas pessoas a falharem em produzir convicção. Para Freud, devemos estar preparados para descobrir que esse novo argumento, baseado numa análise da lenda do abandono, pode não ter melhor sucesso. Sem duvida, objetar-se-á que as circunstancias de construção e transformação das lendas são, afinal de contas, obscuras demais para justificar uma conclusão como a nossa, e que as tradições que rodeiam a figura heróica de Moisés — com toda a sua confusão e contradições, e seus inequívocos sinais de séculos de revisões e superposições continuas e tendenciosas — estão fadadas a baldar todo esforço de trazer a luz o núcleo de verdade histórica que jaz por trás delas. Mesmo que aceitamos o fato de que Moisés era egípcio como primeira base histórica, precisamos dispor pelo menos de um segundo fato firme, a fim de defender a riqueza de possibilidades emergentes contra a crítica de que elas não passam de um produto da imaginação e são afastadas demais da realidade. Provas objetivas do período ao qual a vida de Moisés e, com ela, o Êxodo do Egito devem ser referidos, teriam atendido, talvez, a esse requisito. Mas elas não foram obtidas; portanto, será melhor deixar sem menção quaisquer outras implicações da descoberta de que Moisés era egípcio. Freud, também, expressa a sua humildade relativamente ao assunto em causa, afirmando que, o seu argumento não passa de mais uma sugestão. Em resultado das conquistas da XVIII Dinastia, o Egito tornou-se um império