Resenha "da horda ao estado"
Eugène Enriquez nasceu em 30 de julho de 1931 em La Goulette (Tunísia) e é professor aposentado da Universicade de Paris VII. Enriquez teve como base as contribuições de Sigmund Freud e Max Weber e estava preocupado principalmente comas funções imaginárias e do inconsciente social. Sua obra mais fundamental é a “Da horda ao Estado”, publicado em 1983, o qual foi utilizado nesta resenha.
Na obra “Da Horda ao Estado”, o autor utiliza as obras de Freud como base para sua reflexão, pois afirma que elas são capazes de conectar os assuntos que ele aborda, como os processos individuais, o funcionamento dos grupos e as regulações sociais. O autor busca indicar e destrinchar, em cada capítulo, as questões fundamentais trazidas por Freud nas obras abordadas contextualizando-as na natureza e nas modalidades do vínculo social. Durante os capítulos, Enriquez pretende abordar questões tais quais: “Por que o ser humano obedece facilmente e serve voluntariamente¿”, “Porque as instituições que fornecem as bases de transmissão de poder para que o Estado se multiplicam¿” e procura estabelecer uma relação entre o desejo individual e o desejo social. Essas questões são muito interessantes para o ele, pois elas surgiram (além de por questões teóricas) de suas experiências de formador, pesquisador, de sua indignação à inércia das estruturas e à submissão dos indivíduos às ordens. A teoria analítica foi escolhida porque esta mostra as características singulares do ser humano que fazem dele um ser pulsional e, ao mesmo tempo, um ser social. A pulsão tem forte ligação com o conflito identificatório, pois o ser humano está constantemente dividido entre o reconhecimento de seu desejo e o desejo de reconhecimento. Somente o outro pode reconhecer seus desejos e até mesmo, se identificar com ele. O autor também fala das estruturas sociais e diz que nenhuma