Resenha do livro "Como se faz uma tese" de Umberto Eco
O primeiro capítulo explica que uma tese é um trabalho de extensão que varia entre 100 e 400 páginas, onde é abordado um tema relacionado com o ramo no qual se pretende formar. Para sua realização é escolhido um orientador. Esse trabalho é apresentado a uma banca examinadora que avalia o trabalho escrito e a capacidade do candidato de defender as opiniões expressas por escrito. O autor explica que a tese é obrigada por lei na Itália, e fornece a licenciatura, enquanto na maioria das outras universidades do mundo é reservada ao doutorado, uma espécie de supraformatura. Enquanto este se destina a quem deseja especializar-se como pesquisadores científicos, aquela encaminha o estudante para o exercício da profissão.
Por meio de “conselhos ilegais”, que são utilizados a título paradoxal, explicita-se que o livro destina-se àqueles que almejam realizar um trabalho sério, e não aos que são obrigados a fazer uma tese ou querem fazê-la de qualquer para formar-se logo. O autor ainda deixa claro que a primeira tese nos fornece uma experiência importantíssima, que talvez seja maior que o conhecimento advindo dela e que essa experiência é fundamental para a realização das possíveis teses posteriores. Ainda no primeiro capítulo, o leitor é orientado a “fazer uma tese que esteja à altura de fazer”, ou seja, que o tema responda aos seus interesses e lhe seja material e culturalmente acessível.
Já no segundo capítulo o autor aconselha a escolha de temas precisos em detrimento dos abrangentes, pois com temas restritos pode-se trabalhar melhor e com mais segurança. Além disso, o momento da