Resumo O Nome da Rosa
Frei Guilherme era discípulo do teólogo inglês William de Ockham( ou Guilherme de Ockham) e admirava as ideias do sábio inglês Roger Bacon. Os dois, Adso e Frei Guilherme, são convidados a um mosteiro no norte da Itália para resolverem o mistério de algumas mortes que aconteceram recentemente lá. Não se trata nessa resenha de revelar ao leitor os mistérios e surpresas da narrativa de Eco. O objetivo é tentar entender a filosofia que está por trás de alguns dos personagens criados pelo autor. Eco é um medievalista com muito conhecimento da filosofia e estética da idade média.
Ele usa o esquema do livro do apocalipse para desviar o leitor da luta que acontece durante o romance. A verdadeira batalha é entre o monge nominalista inglês Frei Guilherme( que representa o próprio Eco) e o monge cego espanhol Jorge de Burgos. Não é coincidência o fato do monge espanhol ser o fanático do livro, pois o autor quer recordar ao leitor a Espanha como terra da inquisição.
Burgos é combatente do riso, que é uma característica do ser racional. Os dois monges se odeiam e se admiram, e o aprendiz Adso percebe isso. O debate sobre o ser está colocado no livro. Aqui cito a opinião do professor Orlando Fedeli sobre as três possibilidades do ser. Vamos a eles:
Considerar o ser como unívoco é o caminho do panteísmo, que é a posição de Parmênides na antiguidade. Na filosofia moderna, essa visão igualitária do ser conduz à adoração do homem e da razão. Ela identifica Deus com a matéria. A ciência moderna tem suas raízes no nominalismo de Ockham.
Considerar o ser como equívoco leva ao homem a negar a possibilidade de