Resenha do livro, Ciência coisa boa

PENSAMENTO, ORGÃO DE PRAZER
ALVES, Rubem. Ciência, coisa boa...

Este é um texto de Rubem Alves, filósofo, educador, doutor em filosofia pela Universidade Princeton (New Jercey), professor da Faculdade de Educação da Unicamp, autor, entre outras obras, de Filosofia da Ciência (Brasiliense). Seu interesse pela educação é visível em seus livros.
O texto retrata a importância de nossos pensamentos, indicando que quando estamos com alguma enfermidade em nosso corpo é que “ativamos” nossos pensamentos na direção da doença para tentar obter conhecimento necessário para saná-la. O texto enfoca que só tomamos consciência da existência dos membros de nosso corpo quando alguma doença ou perturbação os acontece, colocando-os em evidência. Aquilo que antes estava bem e não incomodava eram invisíveis e se tornaram nítidos com a aparição dos problemas, como: dor estomacal, mal-estar e enjôos. Só a partir daí começamos a fazer perguntas e levantar hipóteses para tentar compreender o que provocou aquele mal, para evitar que se repita.
O autor retrata ainda que continuamente buscamos conhecimento também para poder repetir ou obter experiências prazerosas, como um vestibulando que tortura seu corpo restringindo prazeres básicos e adquirindo conhecimentos que não usará para evitar a dor de não passar e de ser mal visto pelos seus amigos e familiares e para futuramente ter o prazer de ser um universitário e com mais chances de conseguir um bom emprego.
O autor demonstra ainda o poder que possuem nossos pensamentos, descrevendo que para termos ideias criativas é necessários vôos de nossa imaginação, como os cientistas: em busca de algo novo, realizam sacrifícios anos a fio e detêm um intenso desejo dentro deles em busca de um momento triunfante de prazer ao obter o conhecimento. A ciência está sempre na luta em busca de novidades, porém conformada que a verdade é inatingível, ela é provisória, até que se descubra algo novo.
O texto Ciência, coisa boa.. é uma excelente