resenha do livro 10 dias de cortiço
Capítulo 1 – Formação de quadrilha
Faz referências a todos os jornalistas que não se preocupam com o impacto do seu texto, principalmente os que exaltam a velocidade. A vida está estressante para o casal Eduardo e Cristina. Ele chegou surtado da redação porque um jovem de 19 anos morreu ao bater em um poste a 140 Km/h. Ela teve que trocar os azulejos da piscina de uma ricaça e tomou multa. O ar pifou no meio de uma reunião e o retrovisor do carro quebrou. Lucidez: descobriu que seu trabalho era estúpido ao perceber-se criminoso – elogiou o motor de uma caminhonete. A mesma que o jovem usava na hora do acidente. Pediu demissão do jornal.
Capítulo 2 – Aluguel por temporada
Referência ao apartamento de Zeca, o porteiro.
Seu filho queria um tênis novo, pois, o importado havia sido roubado por “pivetes”. Eduardo refletia sobre a noção de segurança, que lhe custara a liberdade. Ele sofre a síndrome do estado civil em confronto com o estado de natureza. Foi beber em um botequim e um estudante deixou cair um livro diante dele: era “O Cortiço, de Aluísio de Azevedo”. O porteiro se aproximou e tomaram cerveja. Tinha que visitar a família em Sergipe, e daí surgiu a ideia de fazer da morada simples do porteiro um laboratório para escrever sobre o “novo” cortiço.
Capítulo 3 – Alforria
Refere-se à libertação do sistema, mudança de paradigma. Ele se sentia tão oprimido quanto João Romão:
“Nesse dia ele saiu muito à rua, e uma semana depois apareceu com uma folha de papel toda escrita, que leu em voz alta à companheira.
— Você agora não tem mais senhor! declarou em seguida à leitura, que ela ouviu entre lágrimas agradecidas. Agora está livre. Doravante o que você fizer é só seu e mais de seus filhos, se os tiver. Acabou-se o cativeiro de pagar os vinte mil-réis à peste do cego!”
Após a leitura do texto explanou seu projeto: atualização de “O Cortiço”. Ele explica à família sobre o naturalismo e suas bases. Sua intenção é parecer a