Resenha do filme o nome da rosa
Ao final do filme de Jean-Jacques Annaud, aparece a inscrição latina que deu origem ao título do Livro de Umberto Eco: ”Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus”. ("A rosa antiga permanece no nome, nada temos além do nome”). A sentença remete a um dos problemas centrais da intelectualidade medieval: “a querela dos universais”. Da perspectiva escolástica, fundamentada na obra de Aristóteles, o que é verdadeiramente real é aquilo que se denominou “substância primeira”, ou seja, as coisas particulares que conhecemos através dos cinco sentidos (como, por exemplo, essa rosa diante de mim). No entanto, Aristóteles também escreveu sobre aquilo que denominou “substâncias segundas”, ou seja, os conceitos das coisas, os também chamados “universais” (como, por exemplo, o nome da rosa).
O que parecia estranho aos monges medievais e professores das universidades nascentes consistia no fato de que, enquanto essa rosa existente diante de mim (substância primeira) deixa de existir em alguns dias, o nome da rosa persiste como universal, eterno e imutável. Sendo assim, permanecia o enigma: o nome da rosa é uma construção mental que apreendemos de nosso contato sensível com as rosas particulares (nominalismo que adianta o espírito moderno), ou, ao contrário, é a razão de ser de todas as rosas em particular (essencialismo propriamente medieval). Se não conhecêssemos o conceito universal de rosa, como os distinguiríamos a rosa dos outros seres? Por outro lado, qual seria a origem da ideia de rosa, senão nosso contato sensível com essas rosas em particular?
1) Diante das obtusas razões da filosofia medieval, sumariamente descritas acima, e a partir de suas aulas sobre o nascimento da ciência moderna, escreva sobre a diferença entre a concepção de conhecimento medieval e aquela desenvolvida por Galileu Galilei, René Descartes e Francis Bacon no final do século XVI e início do século XVII.
De acordo com as aulas é possível