Resenha do Filme O Gênio Indomável
O filme conta a história do jovem órfão Will Hunting, que tem poucas condições financeiras e três grandes amigos (Chuckie, Morgan e Billy). Trabalha como faxineiro em uma conceituada universidade norte-americana (MIT), já tem passagem pela polícia; entretanto sua inteligência é surpreendente, ainda mais considerando que nunca teve acesso a uma educação formal (ou seja, sempre aprendeu e estudou por conta própria). Depois de uma briga, acaba sendo detido. Porém, devido à intervenção do Professor Lambeau (que leciona em MIT), Will é solto, com a condição de estudar matemática e fazer sessões de terapia, travando-se ai o impasse da história, já que nenhum psicoterapeuta consegue fazer com que Will se abra e fale sobre seus sentimentos, com exceção de Sean Maguire.
O protagonista trás em sua história aspectos bastante relevantes quanto as suas percepções e sentimentos: o abandono, a solidão, a criação em um orfanato, o envolvimento com bebidas, a má condição financeira, passagem pela polícia, envolvimento em brigas, a genialidade (mesmo sem frequentar a faculdade), e o mais importante: a falta de inteligência emocional.
Ele consegue nos transmitir com perfeição os sentimentos que motivam cada atitude de Will, como por exemplo, quando ele garante que não ama Skylar (por insegurança) e mais tarde corre atrás dela (ao perceber o erro que cometeria se ficasse sem ela); e também, em uma das mais tocantes cenas do filme, ao lhe ser afirmado repetidas vezes que nada do que havia ocorrido era de fato sua culpa, Will chora inconsolavelmente, demonstrando-nos sem uma única palavra que a vida lhe impôs muitos obstáculos, o que resultou em sua atual conduta.
Ao assistir o exemplo do filme “Gênio Indomável”, podemos ver um exemplo bem visível de quando ocorre o que a Gestalt-terapia chama de resistência, que seria quando o indivíduo evita o contato consigo mesmo, contato com o seu self. Com o objetivo de não estabelecer esse contato, o