Resenha do Filme "O enigma de Kaspar Hauser"
Essa é uma resenha feita sobre o filme de Werner Herzog “O enigma de Kaspar Hauser” para mostrar uma provável visão sobre o mesmo.
Kaspar Hauser foi privado de uma vida social desde bebe. A partir daí sua triste trajetória nos aponta muitos resultados ocasionados por sua privação cultural e por não ter obtido um desenvolvimento de sua língua. Por ter vivido muito tempo isolado de outras pessoas (até mesmo seu alimento era deixado à noite, quando dormia) Kaspar Hauser teve graves consequências em sua formação como indivíduo.
Muito tempo depois, quando já adulto, ele começa a ter contato com o homem que o mantém prisioneiro. Esse homem quer que Kaspar comece a aprender as coisas, andar, escrever, falar. Nesse período é possível notar a semelhança entre o rapaz e uma criança que está aprendendo todas essas coisas.
A partir daí a compreensão do quanto o convívio social e experiências simples que vivenciamos desde pequenos em nosso dia-a-dia ajuda no processo de assimilação e desenvolvimento, fica mais visível.
Para Kaspar Hauser as frases não têm significado, pois ele não as entende, e ele não teve experiência com linguagens. A única palavra que ele conhecia era “cavalo”, já que ele tinha um cavalo de brinquedo que era o único objeto que ele tinha contato até o “pai” dele levar um banquinho, papel e caneta para ele aprender a escrever seu nome. Então podemos fazer uma reflexão, através do filme, sobre a cultura e a linguagem em muitos aspectos.
Quando ele é retirado do cativeiro e mesmo muito tempo depois, já com a linguagem mais desenvolvida é possível perceber pelo seu olhar o estranhamento e o espanto que ele está sentindo. Kaspar demonstra sentir-se totalmente excluído, não reconhecido pelos outros. Outro ponto importante no filme é a questão de como até o medo pode ser criado, e não algo que você já nasça. Na cena em que Kaspar é atraído pela vela, e não sabendo das consequências coloca a mão no fogo, ele