Resenha do Filme Sigmund Freud

Sigmund Freud foi um verdadeiro explorador da alma humana. Com seus estudos, ele abriu espaço para uma nova forma de enxergar o homem e sua mente. Ele foi um real revolucionário intelectual, trazendo à tona uma forma de doutrina intrigante, que mexia com o íntimo das relações humanas, que fazia da introspecção uma autoajuda anestésica para muitos problemas psicológicos. Assim como um dominador militar conquista territórios com coragem e força, Freud batalhou contra uma cultura inteira, contra valores éticos tradicionais e contra princípios ideais de como é o homem por dentro, naquela área obscura e inerente ao ser humano individualmente – a mente.
O maior neurologista do século XIX era o médico Jean Charcot, famoso por sua experiência com histéricas e seu método da hipnose. Atraído por suas aulas clínicas, Freud vai à Paris em 1885, descobrir seu verdadeiro potencial, num período em que a histeria toma conta dos estudos médicos da época. Acreditava-se que a histeria era uma doença do útero, pois os estudos médicos se baseavam na anatomia do corpo, onde tudo tem uma causa orgânica. Jean Charcot, se utilizando da Salpetriere, um hospício francês, começa a sistematizar a histeria, e provar que ela não tem relação com o útero, mas que é uma neurose funcional.
Fascinado pelas aulas de Charcot e sua concepção de histeria, Freud abandona todas as ideias que teve até então, e resolve repensá-las. Começa a surgir aqui uma nova busca para entender a histeria, para se fazer ouvir os sintomas causados por tal mal. Freud então conhece Joseph Breuer, também judeu e especialista em doenças nervosas, no Instituto de Fisiologia de Viena. As trocas de informações entre eles foram muito notáveis, tendo em vista, principalmente, o caso de Anna O, em que Breuer vinha trabalhando há alguns anos. Era o caso de uma jovem que sofria a chamada histeria aguda, onde ela não falava mais o idioma materno, e nem mesmo bebia água em seu copo. Breuer desenvolveu com esse caso a terapia pela