Avaliação Nutricional
1.1 ENVELHECIMENTO
O aumento na expectativa de vida é uma realidade para diversas populações, e está associado à melhora da qualidade de vida e aos avanços tecnológicos. Estima-se que em 2025 o número de pessoas acima de 60 anos no Brasil alcance os 32 milhões (13% da população). Com o envelhecimento populacional acelerado
também
aumentará
o
número
de
idosos
institucionalizados, os quais são considerados vulneráveis do ponto de vista nutricional (FÉLIX & SOUZA, 2009).
Ao contrário do que acontece em países desenvolvidos, aonde o envelhecimento populacional vem acontecendo de forma harmoniosa e gradual, através do desenvolvimento socioeconômico e das condições de saúde, no Brasil esse envelhecimento acontece num cenário marcado pela pobreza e, pela falta de recursos socioeconômicos e profissionais preparados para essa nova realidade (JACOB FILHO, 2006).
O aumento acentuado da população de idosos trouxe consequências preocupantes para a sociedade, principalmente o aumento da demanda de serviços de saúde especializados (LEBRÃO E DUARTE, 2003). Na senescência é comum a coexistência de doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, pulmonares, o diabetes mellitus, além do uso prolongado de medicamentos que interferem no apetite, no consumo e na absorção de nutrientes (FÉLIX & SOUZA, 2009).
O processo intrínseco que ocorre com o avanço da idade por si só não é o único responsável pelas mudanças nas funções orgânicas. Os fatores extrínsecos ao processo de envelhecimento natural, como dieta, meio ambiente, prática de atividade física, composição corporal, hábito de fumar e causas psicossociais podem exercer papel fundamental nessa diferença de efeitos (JACOB FILHO, 2006).
Na sociedade brasileira predomina o processo de envelhecimento comum, ou seja, onde há a ação dos fatores extrínsecos sobre o envelhecimento. No oposto ao envelhecimento comum está o envelhecimento
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bem-sucedido