Resenha do filme: meu pé esquerdo
Como cita António Damásio, em seu recente livro O Erro de Descartes, "existo (e sinto), logo penso”. A maioria das pessoas foram acostumadas a pensar e agir baseado no raciocínio lógico, linear, sequencial, deixando de lado suas emoções, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes. GARDNER (1995, p.14) entende por inteligência "a capacidade para resolver problemas ou elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários". Considerando a inteligência como verdadeiros talentos, capacidades e habilidades mentais. O filme Meu Pé Esquerdo, relata justamente toda dificuldade vivida por Christy, uma criança que nasceu com deficiência física e paralisia cerebral, que o impedia de movimentar seu corpo, com exceção de seu pé esquerdo. Passou por dificuldades, porem conseguiu superar diversos obstáculos, inclusive dentro de sua própria casa. Preconceito, problemas familiares, desrespeito e incompreensão de seu pai (Sr. Paddy), que não o aceitava, achando-o um incapaz. Por outro lado sua mãe (Sra. Bridget), carinhosa, compreensiva, o motivou distribuindo muito amor. Alfabetizado, Christy buscou a superação de seus limites. Seus 13 irmãos, tentavam inclui-lo nas atividades de recreação sempre quando possível. Mesmo com os membros atrofiados e a paralisia cerebral, Christy, iniciou a luta usando seu pé esquerdo, para mostrar seus talentos. Fez seus primeiros rabiscos. O sofrimento e a falta de sentido configuram o vazio existencial que muitos experimentam, mas Christy, com ajuda de sua mãe conseguiu algo mais. Conheceu e iniciou um tratamento com a Dra. Eileen Cole, especialista paralisia cerebral. Ela pratica a Logoterapia “concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido, é considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser orientado para o sentido". (Frankl, 1991). No inicio não gostou de ser