Resenha do filme laranja mecânica
Perturbador, insano, chocante, um filme diferente de todos os outros que aborda questões sociais, políticas e nos faz refletir sobre a condição humana. Do diretor Stanley Kubrick, com fundo musical de Ludwig van Beethoven, laranja mecânica (A Clockwork Orange) aborda de uma perspectiva catastrófica o comportamento humano, que, aparentemente sem incentivos mais predominantes, tem a predisposição à determinadas atitudes, que em alguns casos não condizem com os padrões ético ou moral adotados pela sociedade.
O filme traz uma intrigante história de valores ou da falta deles. Desde a ausência de valores familiares, à banalização do sexo, ao papel da autoridade e a tendência moderna para a adoção de soluções extremas quando se trata de defender os seus supostos valores sociais.
No filme a personagem principal, Alex, que é de uma família de classe média que aparentemente não é afetado por nenhum problema social e psicológico, o jovem é adepto de comportamentos violentos e em um desses atos, Alex é pego e levado para o sistema prisional, como um verdadeiro criminoso. Aí entra a concepção de condicionamento e controle do comportamento. A prisão, na teoria, é um lugar onde os seus ocupantes irão ser reabilitados para futuramente reintegrarem a sociedade. Irão reaprender os “bons costumes” da sociedade para não mais entrar em contraversão. No filme, a maioria dos casos, não muda. Os sujeitos não são reabilitados e continuam sempre no sistema prisional, causando superlotação nas prisões e defasagem no serviço prisional. Até que um ministro decide implantar um novo método de reabilitação, onde a personagem principal é o escolhido para ser mais uma cobaia desse novo método. Sua proposta é expor o “paciente” a violência e a atos semelhantes que ele cometeu, para que ele sinta-se enojado e tenha repulsa de vir a cometer estes atos novamente.
O filme trata de comportamentos subversivos que podem ser reconstruídos, trata dos valores