Resenha do filme jogada de gênio
Enredo: Trata-se de uma história real. Nos anos 60, o professor universitário e Ph. D. em engenharia Bob Kearns (Greg Kinnear), criou, baseado no piscar dos olhos humanos, um dispositivo inteligente para automóveis. Trata-se de um temporizador de acionamento do limpador de pára-brisa, que viria a ser incorporado a milhões de veículos mundo afora. Com um protótipo instalado em seu veículo e o dinheiro e contatos de seu financiador Gil Previck (Dermot Mulroney), ele consegue mostrar o produto à Ford, que pede um plano de negócios e o protótipo do produto (para entenderem seu funcionamento). O interesse e a conversa mantida pela empresa sinalizam um “OK”. Assim, Bob investe tudo numa linha de produção e entrega o plano e uma primeira unidade à montadora. Mas a Ford não quer arriscar que um “produtor de fundo de garagem” equipe seus veículos e – apesar do produto estar patenteado – passa ela mesma a produzir o dispositivo e apresentá-lo como uma grande novidade em seus veículos. Começa, então, a batalha entre o pequeno Bob e a gigante e onipotente Ford. Ao longo dos anos, o professor passaria por uma “via sacra”, que incluíram a perda do apoio do financiador, uma internação em hospital psiquiátrico, finanças dependentes do seguro-desemprego, o afastamento gradual da esposa (Lauren Graham) e dos seis filhos e até ofertas gradualmente “generosas” da Ford para ele “esquecer o assunto”… Mas sua intenção não era apenas recuperar seus prejuízos financeiros, mas, sobretudo, obter uma confissão de culpa, de apropriação indevida do fabricante – o que favoreceria também um universo de pequenos inventores que haviam sofrido os mesmo percalços com outras grandes empresas. Com o passar dos anos, a complexidade do caso, a força financeira da Ford e a recusa de Bob a propostas consideradas vultosas para pôr fim à demanda, os advogados de Bob acabam por renunciar. Sem condições de arcar com honorários advocatícios e