O presente tema está atrelado à finalidade de delimitar a questão Ética, relacionando-a a produção e ao domínio das normas e dos valores que regulam a sociabilidade ou consciência dos homens em sociedade. Refletir sobre a conduta humana é essencial, e que permite que o homem possa confiar no homem, e na sua configuração, marca assim a própria maneira de existir dos homens, podendo-se até mesmo afirmar que é pelo trabalho que se configura. Hartmann (apud Cotrim, 2002, p.262) afirma que “o homem é uma espécie de interseção entre dois mundos: o real e o ideal. Pela liberdade humana, os valores do mundo ideal podem atuar sobre o mundo real”. Assim, o trabalho ocupa lugar fundamental na constituição da existência dos homens históricos, porque sustenta a própria manutenção de sua vida biológica. Dessa maneira, trabalhar é condição imprescindível para que o indivíduo se humanize que seja um ser humano. Portanto, o trabalho é necessário para humanizar os indivíduos como também para degradá-los, desumaniza-los, fazendo com que percam sua especificidade humana. Nesta situação, o indivíduo é reduzido à simples condição de animal ou máquina é por isso que a filosofia contemporânea insiste em afirmar que os homens são “aquilo que ele se faz” ao fazer as coisas, incluindo nesse fazer também o fazer técnico, que manipula e modifica o mundo natural (SEVERINO, 1994, p. 58-59). Nas diversas situações do dia-a-dia as pessoas estão construindo sua própria condição de ser especificamente humano, sendo verdadeiramente responsável por suas ações de forma a interagir adequadamente na sociedade, seguindo normas comuns, que são unidas pelo sentimento de consciência do grupo. A partir desta constatação encontramos regras e leis que acontecem dentro de certa ordem que o homem não a recebe pronta, mas inventa-o de acordo com as suas necessidades e aspirações modificadas ao longo da história. Segundo Gonçalves (1997, p. 10), por ordem humana entende-se o conjunto de normas, regras, leis,