Resenha do Filme Gattaca
A Eugenia (Francis Galton – 1883) é o pano de fundo da trama, o filme em si retrata uma teoria social.
A sociedade em um futuro próximo divide sua população entre seres humanos “inválidos”, nascidos de relações biológicas e seres humanos perfeitos, frutos de uma seleção genética in-vitro que visa suprimir todas as possíveis características negativas do perfil genético humano, e apenas estes “cidadãos” tem acesso as melhores posições em organizações privadas e estatais, e serviços de qualidade, ficando o grupo de “inválidos” relegados às funções mais básicas e menos “nobres” e segregados da elite da sociedade retratada.
A estória mostra pessoas desumanizadas e doutrinadas por teorias de superioridade, e que acreditam que apenas os selecionados geneticamente tem possibilidade de ascensão social, criam artificialmente seus seres superiores e induzem os “inválidos” a acreditar que não podem. Mostrando assim uma das facetas mais conhecidas da humanidade, a soberba, traços comuns em muitas pessoas que crêem na superioridade do intelecto.
Vincent Freeman, nascido de uma relação biológica e com imperfeições para os padrões da sociedade ao qual pertence (Miopia, arritmia cardíaca), busca desde sua adolescência por um sonho adquirido ainda na infância, viajar para fora do planeta terra, e desde a infância já mostra a determinação que irá fazer na adolescência com que ele siga o seu sonho. Com uma chance em cem de ter uma vida longa, ele decide passar por uma transformação radical, que levará alguns anos para ser consumada, esta transformação pode ser vista de uma forma mais crítica, como a transformação da “lagarta que se fecha no casulo e renasce como uma borboleta”, mas para isso ele traça metas, e a cada meta atingida ele chega mais perto do seu sonho, e assume literalmente a vida de Jerome Eugene Morrow, um “perfeito” que ficou paralítico em